segunda-feira, 2 de março de 2020

5 Maneiras de Aliviar dores no ombro



DOR na ombro??
O que podemos fazer para melhorar??
Vamos juntos entender um pouco mais ...

Entendendo o Complexo do Ombro

O complexo do ombro é formado por três estruturas ósseas: úmero, clavícula e escápula. Possui três articulações principais, sendo a Glenoumeral (GU) a maior e mais importante delas, sendo formada pela junção da cabeça do úmero com a fossa glenóide da escápula.
A cabeça do úmero é maior que a glenóide o que gera instabilidade na articulação. E por isso, possui vários elementos estabilizadores na articulação e a cápsula articular é uma delas, um tecido que recobre o ombro. Ela impede que o úmero exceda a amplitude da articulação, evitando assim as luxações.
A GU é uma articulação esferóide, com três graus de liberdade. Possui como movimentos a flexão, extensão, hiperextensão (quando ultrapassa a linha anatômica), rotação interna, externa, abdução, adução (retorno à linha média), flexão e extensão horizontal e ainda o movimento de circundução que consiste na combinação de todos estes.
Há ainda, outras duas articulações compondo este complexo: a articulação esternoclavicular que une o esterno à clavícula e sua função é aumentar a amplitude de movimento do úmero. A articulação acromioclavicular envolve a extremidade acromial da clavícula com o acrômio e é nesta articulação, que ocorre a maior parte dos movimentos da escápula.
Existe também uma pseudoarticulação que é a articulação entre a escápula e o tórax. A escápula, funciona como uma base estável para a mobilidade da GU e ao total, são 16 músculos inseridos na escápula. Por isso, sua importância na articulação GU, bem como na postura.
É impossível falar sobre o ombro e não lembrar do Manguito Rotador que é composto pelos tendões dos músculos redondo menor, supra e infraespinhoso e subescapular.
Eles envolvem a cabeça do úmero e tem como função, ser responsável pela desaceleração do ombro, manter o úmero contra a cavidade glenoide, movimento de rotação e também garantir que músculos maiores possam exercer sua funcionalidade.
O deltóide é músculo mais superficial do ombro, é dividido em três porções e é o responsável pela forma arredondada da articulação. A porção proximal do músculo peitoral maior está localizada nesta articulação, que realiza os movimentos de adução e rotação externa do ombro.
Já o peitoral menor, tem ação no movimento escapular. O grande dorsal é localizado na parte posterior do tronco, sendo responsável na articulação do ombro pelo movimentos de extensão, adução e rotação externa.
Outro músculo relevante para o nosso conhecimento sobre o ombro é o trapézio e dificilmente encontramos algum aluno que não tensione essa musculatura durante a realização dos exercícios. Essa compensação gera principalmente problemas na região cervical.
Os ligamentos, também são importantes estabilizadores do ombro, e são acionados durante os movimentos e contraem-se ou afrouxam-se para evitar movimentos também de luxação da articulação.
Estruturas do ombro

O que é Dor no ombro?

dor no ombro diz respeito à qualquer dor nas articulações do ombro ou ao seu redor. A causa mais comum é quando os tendões são acometidos inicialmente por uma inflamação.
 A queixa principal em quase todos os casos é dor nas rotações e abdução de ombro. Em alguns casos, o quadro álgico aumenta durante a noite e muitas pessoas, relatam este como o primeiro sintoma. Às vezes, apenas comenta “ultimamente tenho sentido dor no meu ombro quando acordo”.
A articulação do ombro, é responsável por grande parte em nossas atividades de vida diária e lesões nesta articulação incapacitam os pacientes e é por isso que muitos buscam o Pilates como método de tratamento. E nós devemos sempre ter o entendimento da lesão para que possamos mostrar à pessoa que é possível sim, fazer sessões de Pilates mesmo com quadro álgico. Sempre há uma maneira de realizar os exercícios de acordo com a tolerância do aluno.

Causas

A articulação do ombro, como todas as articulações dos membros superiores, se desenvolveram e se adaptaram para ser uma articulação de função e não de carga, como é o caso de articulações dos membros inferiores.
Para isso, os músculos e tendões presentes no ombro desempenham um papel importantíssimo para o bom funcionamento destas articulações.
Comumente, a dor no ombro é quando os tendões são acometidos inicialmente por uma inflamação. Os tendões ficam inflamados ou danificados, configurando, assim, uma condição chamada de tendinite do manguito rotador. A dor no ombro por tendinite pode ocorrer por:
  • Desgaste natural devido ao envelhecimento
  • Atividade esportiva, em especial aquelas que envolvem movimentos de lançamento, como beisebol, tênis, natação, etc.
  • Atividades de trabalho em que é preciso levantar o ombro
  • Trauma direto ou queda sobre o ombro


1. Bursite

O termo bursite significa única e exclusivamente uma inflamação da glândula bursa, que pode ser encontrada em algumas articulações, e serve para facilitar o deslizamento dos tendões durante os movimentos da articulação.  Esta inflamação é mais comum em pessoas que fazem atividades repetitivas com o braço, como pintar, nadar ou treino de braços na  academia. 
O que se sente: é comum o aparecimento de uma dor aguda na parte superior ou frontal do ombro, que piora com o movimento da articulação para pentear o cabelo ou vestir, por exemplo.
Como tratar: deve-se aplicar gelo no local durante 20 minutos, 2 a 3 vezes por dia. Além disso, deve-se evitar utilizar a articulação nas atividades diárias para aliviar a inflamação. Caso a dor não melhore após 2 ou 3 dias é recomendado consultar um médico, pois pode ser necessário tomar anti-inflamatórios, ou até iniciar fisioterapia.

2. Tendinite

A tendinite é um problema semelhante à bursite, no entanto, provoca a inflamação dos tendões do ombro, em vez da bursa. Em muitos casos, ela pode até surgir acompanhada da bursite pois as suas causas também são muito semelhantes, podendo afetar os dois tipos de estrutura ao mesmo tempo.
O que se sente: este problema apenas causa dor na parte frontal do ombro, especialmente quando se realiza movimentos acima da linha da cabeça ou se estica o braço para a frente.
Como tratar: é muito importante fazer sessões de fisioterapia para tratar a inflamação dos tendões. Além disso, aplicar compressas geladas e passar pomadas anti-inflamatórias também ajuda a aliviar a dor. 

3. Artrite

   Artrite nas articulações ao redor do ombro (estreitamento gradual das articulações e perda de cartilagem de proteção, em geral, relacionado ao envelhecimento ou ao desgaste da articulação),  este problema também pode afetar adultos jovens, especialmente atletas que utilizam em excesso a articulação do ombro, devido ao desgaste.

O que se sente: além da dor no ombro é comum o inchaço da articulação e dificuldade para movimentar o braço. Como a artrite não é um problema temporário, os sintomas podem ir piorando ao longo do tempo.
Como tratar: o tratamento deve ser orientado por um ortopedista porque, normalmente, é necessário utilizar remédios anti-inflamatórios, para aliviar as dores. A fisioterapia também deve ser utilizada pois ajuda a fortalecer a articulação e reduzir a inflamação, melhorando os movimentos do ombro.

4. Capsulite adesiva

Este problema, conhecido também por ombro congelado, é uma inflamação crônica do ombro que dificulta muito o movimento da articulação. A capsulite adesiva é mais comum em mulheres com mais de 40 anos que já tiveram o braço imobilizado por mais de 2 meses.
O que se sente: além da dor, a capsulite provoca uma intensa dificuldade para movimentar o braço, que vai surgindo gradualmente. Saiba quais os sinais que ajudam a identificar este problema.
Como tratar: é recomendado fazer sessões de fisioterapia para mobilizar o ombro e relaxar os músculos da articulação. Nos casos mais graves, pode ser necessário fazer cirurgia para identificar e reparar possíveis lesões no ombro. 

5. Fraturas

Embora quase sempre sejam fáceis de identificar, as fraturas também podem provocar poucos sintomas além da dor no ombro, especialmente quando não ocorreram completamente ou são muito pequenas. O mais comum é o surgimento de fraturas na clavícula ou no úmero devido a quedas ou acidentes.
O que se sente: geralmente as fraturas provocam dor muito intensa, inchaço e manchas roxas na pele. No entanto, quando são muito pequenas podem apenas provocar uma dor ligeira que vai aumentando ao longo do tempo e que impedem o movimento do braço.
Como tratar: deve-se ir imediatamente ao hospital para identificar o local da fratura, corrigir o osso e imobilizar o braço da forma correta para facilitar a cicatrização. 

Como é feito o diagnóstico da dor no ombro?

O diagnóstico da dor no ombro deve ser feito pelo ortopedista, que durante a consulta avalia todas as estruturas associadas ao ombro e as características da dor, como a intensidade, localização, se é estimulada por algum movimento específico e a sua frequência, por exemplo. É também visto pelo ortopedista se há alguma limitação de movimento, como por exemplo dificuldade em esticar o braço ou levantá-lo acima da cabeça.
Além disso, o médico deve ser informado pelo paciente sobre os hábitos de vida e o momento em que a dor começou, já que a dor pode estar relacionada com movimentos repetitivos, postura incorreta ou inchaço ou inflamação da articulação devido a um movimento brusco, por exemplo.
Para auxiliar o diagnóstico, o médico pode recomendar a realização de exames de imagem, como raio-x, ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que ajudam a identificar a causa e a extensão da lesão. O ortopedista também pode indicar a realização da artroscopia, que é uma técnica diagnóstica e de tratamento em que a articulação é visualizada e corrigida por meio de pequenos orifícios na pele. 
Saiba mais:
Outras possíveis causas para a dor no ombro incluem:
  • Necrose avascular
  • Radiculopatia cervical
  • Ataque cardíaco
  • Entorses e distensões
  • Polimialgia reumática
  • Síndrome do desfiladeiro torácico

Diagnóstico de Dor no ombro

O médico, com as informações obtidas com a conversa com seu paciente e com o exame físico, necessitará, também, complementar as informações obtidas com exames complementares de imagem, que podem ser radiografias, ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, entre outros. Ele poderá, ainda, poderá solicitar exames laboratoriais, de sangue, por exemplo, para auxiliar na definição de m diagnóstico preciso.

Tratamento de Dor no ombro

O tratamento para os problemas do ombro devem ser indicados sempre após uma investigação precisa e detalhada, por meio de exames complementares se estes forem necessários.
O tratamento pode ser conservador, também chamado de não cirúrgico, que consiste na prescrição de anti-inflamatórios, analgésicos, fisioterapia, educação postural, exercícios assistidos e orientados por pessoas especializadas quando necessário, aplicação local de gelo, repouso, entre outras medidas.
Quando o tratamento conservador falha, ou em casos mais graves de rupturas de tendão, deslocamentos do ombro ou fraturas, o tratamento pode exigir a correção cirúrgica. Entre os métodos cirúrgicos mais modernos de tratamento, em alguns casos, pode-se fazer o tratamento por artroscopia, que é um método pouco invasivo para tratamento das lesões do ombro.

Fisioterapia 

A fisioterapia é indispensável e pode ser feita com compressas de gelo, de 3 ou 4 vezes ao dia, são indicados aparelhos que facilitam a recuperação como tens, ultrassom e laser, além de técnicas para aumentar a amplitude dos movimentos, sem dor, como a descompressão articular e exercícios pendulares e de fortalecimento, para manter o movimento e a força do membro afetado.  O tempo de recuperação varia muito de um indivíduo para o outro, mas, no mínimo, deverá ser necessário 3 meses de tratamento fisioterapêutico.
O Método PILATES traz diversos benefícios para esta articulação e não só em relação ao tratamento, mas também na prevenção. É próprio dos exercícios trabalhar força e também alongamento, primordiais para uma boa recuperação.
Além disso, trabalha-se com exercícios rotacionais, isométricos e descarga de peso, que são protocolos para tratamentos de patologias do ombro. É comum o ganho de mobilidade também em indivíduos rígidos.
Não só a musculatura do ombro é trabalhada, mas sim, de toda a cintura escapular quando trabalhamos exercícios posturais, como citados nos tópicos anteriores que estão diretamente ligados ao bom funcionamento do membro superior.
Além disso, quando há alguma limitação de movimento, proveniente da patologia, o Pilates previne outras complicações, pois permite que estruturas ligadas ao ombro sejam trabalhadas, dando sustentação, evitando encurtamentos e perda de força.
Vale lembrar que, para muitas pessoas, esse momento é na hora da aula quando realizam algum movimento no braço acima de 90°. Muitas passam o dia sentadas, realizando o mesmo movimento, como por exemplo o uso do mouse.
Então muitas pessoas não se dão conta que os benefícios do Pilates vão além de sentir a musculatura, o simples ato de pensar no corpo e o movimento que está sendo realizado já faz toda a diferença no corpo e na articulação.
As pessoas têm por hábito não dar muita importância para a dor ou desconforto logo quando aparece. Principalmente no ombro pois acham que “dormiram de mal jeito” ou “fizeram algum movimento que forçou demais”.
Elas tem o costume de tratar com gelo, em casa mesmo. E quando buscam por diagnóstico, o problema já evoluiu. Então cabe à nós termos esse olhar de que precisamos de um diagnóstico para orientarmos nossos pacientes. E também instruí-los.
Método Pilates, é, sem dúvida um grande aliado na recuperação de pessoas que sofrem com algum tipo de patologia no ombro.
Proporciona grandes possibilidades de exercícios, desde a fase inicial do tratamento até o desaparecimento do quadro álgico.
Além disso, é possível evitar a recidiva ou ainda o aparecimento de dor em alunos que já sabemos de sua predisposição.

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Revisado por Dr. Eduardo da Frota Carrera, ortopedista – CRM: 39818
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Ortopedia
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
Instituto de Ortopedia e Traumatologia
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